terça-feira, 12 de abril de 2011

Governo pretende criar novo plano de desarmamento

Ações para restringir acesso a armas devem ser anunciadas após campanha de conscientização, prevista para junho

Segundo ministros, tragédia no Realengo reforça necessidade de ações mais enérgicas contra o uso de armas
DE BRASÍLIA
O governo prepara uma série de medidas para restringir o acesso a armas de fogo no país e irá anunciá-las após uma campanha de desarmamento, prevista para junho. Ao menos parte das novas regras terá de passar pelo Congresso Nacional.
Tanto o plano quanto a campanha estão em fase final de elaboração, mas podem ser antecipados por determinação da presidente Dilma Rousseff.
Na opinião de ministros, a tragédia ocorrida na escola municipal no Realengo reforçou a necessidade de ações mais enérgicas contra o armamento da população.
Segundo um deles, além da restrição à compra de armas, são avaliadas outras propostas, como uma punição maior ao porte ilegal.
Não está em estudo nenhuma iniciativa similar ao referendo de 2005, que consultou brasileiros sobre o comércio de armas de fogo e munição em todo território nacional. À época, mais de 60% da população manifestou-se contra a proibição.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, confirmou a realização do plano. "Não basta só campanha, mas uma política permanente de desarmamento."
Segundo ele, o Mapa da Violência elaborado pelo ministério mostra que os índices de violência caem após iniciativas de conscientização, mas é preciso algo permanente para manter esses indicadores em níveis mais baixos.


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